A permanência de profissionais cubanos no programa Mais Médicos está
garantida somente até novembro. Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana
de Saúde (Opas) e Cuba ainda não têm fechado um acordo para renovação do
contrato dos profissionais, recrutados há três anos para trabalhar em áreas
consideradas de difícil provimento para médicos.
Atualmente, 11 mil dos 18 mil médicos que atuam no programa são cubanos.
As negociações estão em curso. O governo cubano já deu mostras de que vai
condicionar a renovação ao reajuste dos valores dos contratos e à criação de um
adicional, concedido para atuação de médicos em locais considerados mais
isolados e de maior risco – como distritos indígenas.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, por sua vez, já deixou clara a preferência
de que vagas do programa sejam preenchidas por profissionais formados no
Brasil. Mas não quer tomar nenhuma decisão antes das eleições municipais. Não é
à toa que a renovação provisória se estende até novembro.
Resposta
Criado há três anos como uma resposta às manifestações de rua, o
programa Mais Médicos foi inicialmente criticado por entidades de classe. No
entanto, em pouco tempo ganhou a aprovação popular e dos prefeitos. Para
agradá-los, pouco antes do processo de impeachment, a presidente afastada Dilma
Rousseff editou uma Medida Provisória, aumentando o prazo de permanência por
mais três anos.
Quando assumiu o posto, Barros afirmou a interlocutores achar que a
medida poderia prejudicar brasileiros. A sua expectativa é fazer uma redução
gradual dos cubanos. Mas essa estratégia é externada apenas para integrantes de
sua pasta.
Estadão Conteúdo
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